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Sustentabilidade começa na vida privada antes de ser implantada na empresa

Executivo constrói casa ecologicamente correta antes de pôr em prática ideias verdes em indústria que dirige


Para colocar suas ideias de sustentabilidade na empresa que dirigia em prática também na vida pessoal, Richard Podgorski construiu uma casa ecologicamente correta em uma ilha em Paraty (RJ) utilizando materiais recicláveis, aproveitando sobras de demolição e instalando painéis solares para geração de energia elétrica. Até os vidros da casa o empresário garimpou em descartes, entregando o material para um marceneiro da cidade, que construiu os caixilhos em volta do material que já havia sido utilizado.


“Eu instalei um sistema fotovoltaico que já está em operação há sete anos. Somos agraciados pela luz do sol, que convertemos em energia elétrica. Essa energia é armazenada em baterias e alimenta a geladeira, luz e todas as necessidades da casa”

conta Richard, que também projetou um sistema de reaproveitamento da água.


“Considero água de nascente a mais nobre de todas. Essa alimenta um circuito que vai para as torneiras, chuveiros e duchas. Em um circuito independente, coletamos água pelo telhado, que vai para uma cisterna é usada nos vasos sanitários. Também pegamos a chamada água cinza, que é aquela da lavagem de louças, por exemplo. Ela é tratada e utilizada para regar o jardim”

conta o empresário que mantém uma página no Instagram para divulgar a iniciativa (@paratyecovilla) e fez da residência uma das atrações do Airbnb na cidade.


Para Richard, que dirige há 22 anos a BMD Têxteis em Camaçari, no interior da Bahia, foi fundamental esse aprendizado para colocar em prática iniciativas similares na empresa. Hoje, o empreendimento conta com ações para descarte consciente de resíduos sólidos para não entupir os aterros sanitários da cidade. A empresa ainda não implantou painéis solares, como em sua casa de praia, mas há a preocupação em comprar energia no mercado privado dando preferência a fontes renováveis.


Por conta dessas iniciativas, a empresa foi duas vezes premiada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) por gestão da inovação e pelo processo industrial mais inovador.


“Quando falo em sustentabilidade, eu a pratico em minha vida particular. Não é só discurso de marketing da empresa”


Em suas palestras, o executivo procura apontar caminhos para que as empresas adotem soluções que causem menor impacto ao meio ambiente, com reaproveitamento de materiais, diminuição de volume de lixo gerado e maior eficiência no uso de recursos naturais, como água e energia. Tudo para que as organizações gerem valor para sua comunidade, sem destruir o ambiente em que atuam.


“Para o projeto ser verdadeiro, não pode ser manipulado”

explica o executivo.


“Acima de tudo, eu me baseio em três vetores da motivação do ser humano. O primeiro é dar autonomia, ou seja, empoderar as pessoas para elas fazerem as coisas. O segundo é promover a maestria, que é o aprendizado contínuo. É dar seminário e treinamentos em diversas áreas. E, acima de tudo, tem que estabelecer um propósito coletivo que alinhe as necessidades da empresa com as dos funcionários”

ensina Richard.


Para o executivo, esse conceito é chave para uma empresa justificar para seus diversos públicos a importância de sua existência. Empresas inovadoras buscam mostrar qual é a sua função na sociedade e qual é a relevância da atividade que desenvolve antes de explicar em que negócio atua.


“A 123 Milhas, por exemplo, diz: ‘Muita gente acha que nós somos uma empresa para vender passagem barata. Nosso propósito é maior que isso. É inovar na conexão com o mundo inteiro porque viajar te torna uma pessoa melhor.’ Ou seja, eles começaram com o propósito, dizendo porque existem, como fazem e por último informam o que fazem, que é vender passagens baratas”

exemplifica Richard.



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